terça-feira, 17 de março de 2015

Um cachorro me fez companhia: lições para psicologia do esporte

Em uma aventura como esta é muito importante o saber estar grupo. A entrosação das pessoas, o respeitar as diferenças, o conhecer as particularidades de cada um, o jeito de ser e buscar a boa convivência são elementos imprescindíveis para o sucesso da aventura (olha aí outra coisa importante para a psicologia do esporte!!!). 
Respeitar e seguir o coletivo é algo fundamental, sobretudo em uma empreitada como esta. É lógico que isto não significa que não deva haver posicionamentos, relativas tensões sobre pontos de vistas, mas o bem comum deve preponderar. Embora tudo isso seja algo básico, não é evidente que aconteça sempre. 
Um outro ponto importante é estar aberto aos acontecimentos, aos imprevistos, sem negar, obviamente, os planejamentos.
Penso que uma das coisas bacanas de uma empreitada ciclística como esta é também a arte do bem conviver, do desenvolvimento do chamado espírito de equipe. Este ponto deve ser, na minha opinião, algo caro para psicologia do esporte, ou seja, cuidar das relações do grupo, da equipe... seja em situação de competição ou não.
Então o saber conviver, o estar em grupo, o respeitar as diferenças e valorizar a abertura para os acontecimentos é, ao mesmo tempo, uma dádiva e fruto de aprendizagem.
Foi quando estava a pensar sobre tudo isso, na varando do Hostel El Calafate, que um simpático cachorro se aproximou de mim. Ficou um tempo ao meu lado. Pulou e deitou na mesinha que estava a minha frente. Fez-me companhia naquela manhã fria que me sentia sozinho. Depois, como que algo mais interessante surgisse, pulou e saiu para sua vida.

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