Não lembro exatamente quando foi, mas com certeza se passou no começo do
segundo semestre do ano passado (2014). Estava a procurar uma nova bike, pois a que tinha estava realmente
totalmente ultrapassada e precisando de uma série de reparações que não valia
mais a pena. Foi então que liguei para o meu amigo, brother, Nilo, que é um das antigas de Maceió (morei vários anos nessa terrinha linda). Nessa, de ligar, ele
me falou da viagem para Patagônia. De cara achei massa, mas em seguida pensei
que não seria um bom período para mim (março) e que também seriam muitos dias
fora de casa (20 dias). A resposta dele foi na alma e me fez refletir. Nilo
disse que tudo era uma questão de escolhas e prioridades na vida. Chequei meus
desejos, assumi meu jeito de ser e avaliei que esta viagem estaria dentro de
uma margem possível de ser realizada (Entretanto, nem tudo é escolha, acredito
nisso. Há situações que não existem condições concretas para realização de um
desejo e também esse discurso que “tudo só depende de você desejar” é
arriscado, pois individualiza muito as ações e as consequências. Estas, as
ações e consequências, não são só individuais, são também sociais, coletivas e
dependem das contingências históricas). Resultado: comprei a passagem e comecei
a interagir com a galera, via whatsapp.
Somos ao todo 8 ciclistas que se aventuram a pedalar 1000km, de El Calafate à
Ushuaia (região da Patagônia, entre a Argentina e o Chile). Desse grupo só conheço o velho Nilo, os demais
irei conhecer na viagem. Isto dá um toque especial a aventura, pelo menos para
mim.
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