A cada pedalada que nós damos, que colocamos força, vem acompanhada da intenção de algo, mesmo que seja a intenção de chegar em algum lugar, de vencer o obstáculo ou de subir uma imensa ladeira. Essa força, inerente ao pedal, mesmo aqueles mais triviais e prosaicos, atrai, junta, quer algo, é desejante, pois almeja.
A força do amor, no caso, tem em sua natureza a agregação, a comunhão, o querer estar junto na com-paixao.
Pedal, portanto, é uma força que tem a ver com o amor. Porém, o amor não é pleno na incoerência, na metade, na parcialidade. Ou se ama ou não se ama. No meu caso a incoerência me faz mal e o amor me ajuda no processo de inteireza e vice versa.
Pedalar é para mim uma busca, ou melhor, a possibilidade de viver a intenção da força desejante que requer um ser inteiro e se realiza no amor.
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