quarta-feira, 8 de junho de 2016

Experiência de transcendência

 
Boa parte das arquiteturas de templos religiosos conduzem a uma experiência, corporal, inclusive, de transcendência, eu diria. O olhar para cima a reverenciar a abóbada, a cruz, as pinturas gravadas no teto, etc., sem a adoração, é uma experiência de elevação. 
Ao olhar para aquela igreja de Congonhas - MG, por exemplo, no topo do morro, ou ao mirar a cruz lá de cima, vivi uma experiência de transcendência. A mensagem que me veio foi da fé que transporta, que conduz e eleva, fazendo a crença de que é possível alcançar o que é, inicialmente, inalcançável, mas ao mesmo tempo proporcionando uma experiência de reverência e respeito, ao me fazer olhar para cima, pois o céu infinito, como cenário de fundo da igreja, para mim, naquela experiência, expressava Deus. Ao olhar para cima, ao inclinar minha cabeça para o alto, dei-me conta do quanto devo voltar também para mim. E daí, na vivência do meu corpo, inclinei a cabeça para baixo. Vivendo o respeito, mas também a interioridade e os soslaios da expressão divina. 

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