Em um pedal desses ê comum a entrega ao momento vivido, Mesmo que indigeste. A vida se afirmando em todas as suas gotas, no giro do pedal,até novas paragens / existências emergirem.
Hoje minha alma está cinza
Chove no céu de mim
Lágrimas umedecem o coração
Que se contrai no frio
Na companhia da tristeza
Traiçoeira
Que abraço e me deixa mais só
No aperto do peito
No recolhimento do olhar para baixo
O corpo vai se precipitando
Até, em algum momento
Chegar ao marco zero
Na espera de uma outra existência
Sustentado com coragem
Todas as dores de uma chaga invisível
E que um dia possa ser cicatriz, ao menos de uma lembrança doída
Vai sombra de homem!
Que margeia a estrada de algum lugar
Sem esmo
Solto
Peregrino
Que na sua melancólica estrada
É esmagado pela memória chuvosa
Nenhum comentário:
Postar um comentário