Registros e reflexões sobre o ensinar e o aprender. Um estudo fenomenológico da aventura vivida do ciclismo.
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015
Instrucionismo ou construtivismo?
Ultimamente tenho lido algumas coisas e refletido muito sobre a polêmica discussão presente na área da aprendizagem entre a vertente instrucionista versos a vertente construtivista. Há uma série de aspectos em jogo, que vão desde de disputas de saber-poder cultural (tradição norte americana X tradição européia) até questões que envolvem o poder territorial (quem define as políticas públicas educacionais brasileiras). Sem entrar no mérito dessas questões, me posiciono mais construtivista, embora reconheça a grande importância das contribuições instrucionistas. Há, no meu entendimento, um momento do ensino que a imitação, a modulação e a correção de uma instrução são importantíssimas, mas sem descartar que, nesse mesmo processo, é lançada toda uma dinâmica de construção do conhecimento por um sujeito ativo nesse mesmo processo. Estou a falar tudo isso para trazer algo que vivi no meu processo de aprender e me socializar no ciclismo, até porque todo processo de socialização é também um processo de aprendizagem. Bem, uma das coisas que não aprendi direito ainda é trocar pneu de bicicleta. Outro dia, em um "pedal", o pneu de um colega furou duas vezes. Tive, nessa ocasião, a oportunidade de ser instruído de como trocar o pneu. Para mim foi muito importante ver como o meu colega trocava, mas também ouvir as explicações, no momento vivido, das ações para trocar o pneu. É certo que agora preciso, eu mesmo, ter a experiência de trocar o pneu e também de alguém me corrigido, se for o caso, quando eu agir de maneira não adequada no ato de trocar o pneu. Penso que nesse processo de alguém me ensinar a trocar o pneu e eu aprender, e que nessa situação intensa de socialização, esteja rolando tanto o que os instrucionistas defendam, quanto que os construtivistas sustentam.
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