Um
dias desses estava lendo algo sobre exercitar o cérebro. Este importante órgão
humano, dizia a matéria, necessitava o tempo todo de novidades, como por
exemplo, se você escova os dentes com a mão direita, que experimente escovar
com a mão esquerda. Isto serviria para estimular o cérebro, pois ativaria
regiões cerebrais pouco trabalhadas. Parece-me que isto tem sido um ponto de convergência
entre os estudiosos da área, ou seja, fazer coisas diferentes das habituais,
sobretudo atividades físicas e ou psicomotoras incorporadas ao próprio cotidiano
do sujeito, ajuda a estimular o cérebro.
Na minha vivência com a bike, suponho que venho estimulando o cérebro, já
que, ao praticar o ciclismo, tenho feito uma série de atividades fora do meu
cotidiano. Entretanto, não só o cérebro parece estar sendo estimulado por conta
de novidades em termos de movimentos e posturas. Tenho sentido outras partes do meu corpo
que antes não me dava conta e descoberto algumas coisas. Por exemplo, tenho
notado que durante um certo tempo de pedalada (coisa de meia hora) começo a
sentir dormência nas mãos e nos braços. Esta sensação (no caso não é nada boa)
certamente tem a ver com a minha postura, força, pressão e equilíbrio distribuídos
no ato de pedalar. Ao experienciar o pedal, passo a me dar conta de um certo
ajustamento corporal, manifestado agudamente, neste caso, pela sensação de
dormência nas mãos e nos braços.
Longe
de caminhar para uma contradição no que diz respeito a equação "atividades novas
é igual a estimulação mental e física", creio que a vivência da experiência em
pedalar me proporciona descobrir que meu ajustamento, para esta prática, precisa
de novos ajustes. Portanto, sem a vivência
dessa experiência dificilmente descobriria a necessidade de aprender novas
posturas, movimentos etc. de me ajustar criativamente e, consequentemente, me desenvolver.
Bem, resta agora eu conversar com minha professora de Pilates para ver novas formas
de experimentar a bike sem sentir dormências nos primeiros 30 minutos!
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