Gosto
desse lugar de neófito, de novo aprendiz. Sinto-me mais livre e com maior
permissão de errar, sem grilos, como diz a gíria. É claro que isso é uma “parada
minha”, não há ninguém me censurando.
Continuando sobre essa questão do "erro", é lamentável que este seja tão mal compreendido na sociedade e por mais bizarro
que seja, é também mal compreendido nas escolas (lugar socialmente privilegiado
de aprendizagens). O erro só faz sentido quando é visto com o seu complemento,
o “aprender”. Afinal, é errando e aprendendo que a gente vive! O erro, nessa perspectiva é
um bom sinal, sinal que a aprendizagem está em curso (claro que pode ser
bloqueada). Assim, quem não tolera o erro, não gosta de ensinar, justamente
porque nega o caminho de aprender.
Então,
nesse meu processo de erra e aprender, sendo um novo aprendiz, tenho tido alguns bonsprofessores (ou tutores, como já comentado em postagem anterior). Lembro que em
uma das minhas pedaladas, o parceiro Luciano Ribeiro me deu um toque quanto a
postura para descidas. Ele me ensinou que eu deveria me inclinar para traz
quando fosse descida e para frente quando fosse subida. Isso ajuda (e muito) na
distribuição de peso e força, equilibrando o corpo e a bike, além de dar mais
segurança e força. Naquele momento que Luciano me dava uns toques, estávamos
descendo o Serrote do Urubu (Petrolina – PE) e eu quase me estripava!!! Desci o
Serrote inclinado mais para frente (meu levantado do celin, inclinado
ligeiramente para frente) e freando, mas como era muito íngreme, tive que frear
de vez e aí quase fui jogado para frente da bicicleta. Ainda bem que estava
devagar e deu para me equilibrar e segurar a bike.
Depois dessa lição, tenho experimentado criar o hábito (também falei sobre isso em outra postagem) de me inclinar para traz na descida e me inclinar para frente quando for subida. Porém, nem sempre é uma aprendizagem evidente. Hoje mesmo, em um pedal para a Ilha do Rodeadouro, por Juazeiro, quase sobrei em uma pequena descida. Este tipo de aprendizagem requer conscientização e repetição, ação e reflexão, diria Donald Schön.
Estou adorando suas aventuras na bike. Viajando nas postagens!
ResponderExcluirLu (LuizaRudner)
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