O processo de socialização e iniciação, ou melhor, de aprendizagem no grupo de ciclistas se dá, de maneira análoga, aos outros grupos de pares (sejam estes ligados a esportes ou não). Não havendo uma sistematização ou formalização no processo de introduzir um novato ao grupo, isso não significa que não haja regras, métodos, condutas, etc. No caso da minha experiência, sejam em grupos pequenos e grandes (que variam de pedaladas com 2, 3, 6 ou 30 pessoas), sempre tenho ensinamentos por espécies de tutores que se escalam espontaneamente e desempenho papel de tutorear, de monitorar e mesmo instruir sobre a arte e o esporte do ciclismo. Assim, por exemplo, em uma pedala, um colega se aproxima, dá algum toque e fica, mesmo que de longe, monitorando as instruções que fornecera. Nessa mesma pedalada, pode ser que, em algum momento, um outro ciclista mais experiente, assuma esse papel, de certo temporário e focando já um outro aspecto. Essa forma de ensinar e aprender parece contribuir com o sentimento de pertença do grupo, de coesão e porque não, de construção de uma identidade. Essa “tutoragem” que existe nesse esporte, pode inspirar, por exemplo, modelos de ensino e aprendizagem nas escolas. Não que nestas, mais particularmente, nas salas de aula, não existam. É claro que os estudantes já fazem isso, mesmo sem a ciência dos professores. Interessante, pois, seria que as escolas pudessem assumir esse processo de socialização e de ensino aprendizagem como algo legítimo.
Registros e reflexões sobre o ensinar e o aprender. Um estudo fenomenológico da aventura vivida do ciclismo.
domingo, 15 de fevereiro de 2015
A tutoragem no ciclismo: inspirando as escolas?!
O processo de socialização e iniciação, ou melhor, de aprendizagem no grupo de ciclistas se dá, de maneira análoga, aos outros grupos de pares (sejam estes ligados a esportes ou não). Não havendo uma sistematização ou formalização no processo de introduzir um novato ao grupo, isso não significa que não haja regras, métodos, condutas, etc. No caso da minha experiência, sejam em grupos pequenos e grandes (que variam de pedaladas com 2, 3, 6 ou 30 pessoas), sempre tenho ensinamentos por espécies de tutores que se escalam espontaneamente e desempenho papel de tutorear, de monitorar e mesmo instruir sobre a arte e o esporte do ciclismo. Assim, por exemplo, em uma pedala, um colega se aproxima, dá algum toque e fica, mesmo que de longe, monitorando as instruções que fornecera. Nessa mesma pedalada, pode ser que, em algum momento, um outro ciclista mais experiente, assuma esse papel, de certo temporário e focando já um outro aspecto. Essa forma de ensinar e aprender parece contribuir com o sentimento de pertença do grupo, de coesão e porque não, de construção de uma identidade. Essa “tutoragem” que existe nesse esporte, pode inspirar, por exemplo, modelos de ensino e aprendizagem nas escolas. Não que nestas, mais particularmente, nas salas de aula, não existam. É claro que os estudantes já fazem isso, mesmo sem a ciência dos professores. Interessante, pois, seria que as escolas pudessem assumir esse processo de socialização e de ensino aprendizagem como algo legítimo.
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