terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Ensaios sobre psicologia do esporte e do trânsito

Como psicólogo, tenho mais ou menos 20 anos de formado e pouco me envolvi com a chamada psicologia do esporte e com psicologia do trânsito (ao relacioná-las aqui não estou dizendo que sejam similares, mas no ciclismo estas áreas da psicologia se tocam). Embora tenha refletido algumas vezes sobre essas áreas, prestado alguns serviços (em psicologia do trânsito) e estabelecido diálogo destas com a psicologia escolar educacional, não posso dizer que sou um especialista. Então toda essa minha aventura ciclística me convoca também a estar em contato como psicólogo. Não tenho como fugir a isso, pois, embora não reduza a minha vida a condição de ser psicólogo, não o deixo de ser nas minhas múltiplas existências.


Falo tudo isso até mesmo para me justificar e apresentar alguns ensaios do que venho descobrindo como possibilidade de atuação, enquanto psicólogo, na chamada psicologia do esporte e do trânsito, pelo menos enquanto experiência provocada pelo ciclismo. Nesse sentido, uma das minhas experiências / reflexões, tem apontado para a ideia de que a psicologia do esporte pode ser muito mais do que preparar o atleta, do ponto de vista psicológico (embora essa atividade seja muito importante e ainda pouco explorada). Fico a pensar nas possibilidades clínicas, por exemplo. Algo como uma psicoterapia para além do setting do consultório, onde o psicólogo pudesse acompanhar seu cliente no ato da atividade, provocando, mediando, dialogando... tudo a partir da experiência que se dá na ação. Outra possibilidade (irei explorar mais essas possibilidades) é, após as atividades, as pessoas relatarem suas experiências do ponto de vista de seus limites, dificuldades e superações em relação a atividade e como tudo isso ganha correspondência em sua vida como um todo.

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