Após
um tempo de quase recesso com a bike, saí no dia 19 de abril para dar uma
pedalada. Aqui em Juazeiro foi a corrida de Tiradentes. Como havia perdido o
horário das 6h para um encontro com os parceiros (foi mal Luciano Ribeiro – e
também galera do Pedal de Jua), aproveitei para curtir a preguiça da cama e
namorar um pouquinho. Bem, só deu mesmo para bater um pedal as 9h, mas ainda
aproveitei o final da corrida Tiradentes. Fui até perto do ponto de partida e voltei no
vácuo dos retardatários. Um dos últimos corredores era um senhor, possivelmente
de seus quase 70 anos. Um assistente da comissão organizadora do evento o
acompanhava, assim como um carro de apoio. Este senhor estava cansado, o
último, possivelmente, já não corria, andava, mas mesmo assim, estava lá. Ao passar
por ele não me contive. Parabenizei-o e disse que ele era um grande exemplo
para todos. Ele sorrio sutilmente e me cumprimentou. Acelerei o pedal e segui
adiante. Inevitavelmente, lembrei do mestre Arestides, companheiro de pedal na
Patagônia. Ele foi um grande exemplo para gente, o seu gesto de estar conosco,
por si, já valia a pena. Estes senhores que não desistem, que insistem,
inspiram, porque respiram vida e refutam a cristalização de uma existência, na
terceira idade, de não poderem ser jovens, estes, portanto, são os verdadeiros
campeões.
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