No dia 29
de janeiro (de 2016) Petrolina teve sua versão do Massa Crítica (do inglês Critical Mass -, que tem
sido nomeado em muitas cidades do Brasil como BICICLETADA. E esta foi a sua
nomeação no Vale do São Francisco.
De um
maneira geral o movimento “Massa Crítica” visa conscientizar as pessoas para um
meio de transporte não poluidor, além de questões relacionadas a qualidade de
vida e a convivência entre as pessoas, sobretudo nos meios urbanos (ver https://pt.wikipedia.org/wiki/Massa_Cr%C3%ADtica_(evento)
).
Os
movimentos ciclísticos em Juazeiro e Petrolina estão em ascensão, seguindo uma “onda”
que toma conta em todo o Brasil (há quem diga que o ciclismo é hoje o segundo
esporte mais praticado no país). E isso é muito bom, uma vez que cada vez mais
as pessoas passam a ter uma prática esportiva, saindo do sedentarismo e
conhecendo as ruas via novas perspectivas. Entretanto, isso não parece ser
suficiente se o hábito de andar de bicicleta ficar circunscrito aos passeios noturnos
ou as pedaladas de final de semana.
A
Bicicletada, em nosso contexto regional, precisa ser mais incisiva no que diz
respeito aos avanços para as mudanças de hábitos em relação ao uso da bike como meio de transporte. Do ponto
de vista de uma mudança social não é suficiente a pessoa assumir o “pedal” com
uma atividade esportiva ou de lazer, se mantem as práticas convencionais de
transporte, sobretudo os que usam combustível fóssil e de uso individual (o que
termina poluindo e congestionando as cidades, deixando-as violentas e desumanizadas).
É claro que
pode ser considerado um avanço em ter centenas de pessoas usando bikes, mesmo que por hobby. Estas, quem sabem, podem, em
breve, sair dos seus supostos confortos dos carros e começar a pedalar até o
trabalho, escolas, feiras, padarias...
Há ainda
a questão da classe social que capitaneia o movimento em nossa região, que é a
classe média. Fica a questão de como operar o movimento considerando essa características.
Além disso, tem toda a trama comercial e industrial que gira em torno da “onda
das bikes”. Bem, mas tudo isso faz
parte da dinâmica de movimentos que propõem transformações na sociedade.
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